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Carol Trentini vestiu (literalmente) a camisa e se tornou embaixadora da Operação Sorriso |
Carol Trentini já desfilou para as melhores grifes,
posou para os grandes fotógrafos, vestiu roupas marcantes e fez parte da
construção de imagens que definem o espírito de um tempo. Na manhã
desta terça-feira (17.07), no entanto, ela adicionou ao currículo um dos
trabalhos mais importantes de sua carreira de modelo:
o de embaixadora da ONG internacional Operação Sorriso. Assim, entre um editorial com David Sims para a edição americana da
Vogue
(como o que ela fotografou em Londres no último 06.07, dia de seu
aniversário) e a campanha de uma marca brasileira (como a que ela fará
nos próximos dias, para a Morena Rosa), a top model vai divulgar a
organização internacional médica e humanitária, que opera, restaura a
auto-estima e estimula a integração social de crianças nascidas com
lábio leporino e fenda palatina.
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A top model posa entre Clóvis Brito e Elisa Maria Campos, diretor
executivo e coordenadora de comunicação do projeto, respectivamente |
“É muito mais importante do que fazer todas as campanhas”, disse ela
enquanto mexia seu café em uma mesa com alguns poucos convidados da
imprensa. “Para mim, é a causa perfeita. Eu trabalho com meu rosto; meu
trabalho é vender imagem e beleza. Sei do que estamos falando. Além
disso, eu amo crianças”, completou. É a primeira vez que a top se engaja
em uma causa social e, para tanto, fez questão de saber os detalhes do
projeto, com todas as minúcias. “É um problema muito comum e as pessoas
precisam saber disso”, contou.
Carol tem razão: uma em cada 650 crianças nascidas no Brasil tem
lábio leporino, o que faz da questão algo mais recorrente do que o
câncer de mama, segundo dados da Organização Mundial da Saúde. “E a
cirurgia é muito simples, dura 45 minutos! É esse o tempo que leva para
mudar a vida de uma criança”, explicou ela, que já tem um novo
compromisso da organização na agenda: no dia 24.09 vai acompanhar uma
criança antes, durante e após a cirurgia do lábio em Santarém, no Pará.
“Não quero só ganhar com a minha carreira, quero poder dar também”,
finalizou, com lágrimas nos olhos e lencinho na mão. Faz bem, Carol.