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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Galliano não será mais o responsável pelo vestido de noiva de Kate Moss


Galliano não será mais o responsável pelo vestido de noiva de Kate Moss

Kate e o noivo Jamie Hince.
O músico Jamie Hince, guitarrista da banda The Kills e noivo de Kate Moss, declarou que o vestido que sua futura mulher usará no dia do casamento não será feito por John Galliano. O jornal Telegraph havia informado que o estilista seria o responsável pela peça,mas depois da polêmica demissão de Galliano da maison Dior, parece que Kate mudou de ideia.
“Não vi o vídeo e nem conheço John tão bem, mas as pessoas devem compreender nossos motivos”, afirmou Jamie. As informações são do site da Vogue UK.

John Galliano é demitido da grife que leva seu próprio nome


John Galliano é demitido da grife que leva seu próprio nome

Galliano: sem emprego.

Após ser demitido da Dior, John Galliano acaba de perder o cargo de diretor criativo na grife que leva seu próprio nome. Segundo o site WWD, a diretoria da marca se reuniu e decidiu demitir o estilista. Mesmo sem a presença de Galliano, a equipe de estilo da grife continuará desenvolvendo coleções.
Ainda segundo o WWD, Galliano teria completado um mês de reabilitação em uma clínica no Arizona, nos Estados Unidos, e agora estaria recebendo outros tratamentos. A última celebridade a se pronunciar sobre a situação do estilista foi Donna Karan. Segundo ela, as acusações contra Galliano foram “exageradas”. “Eu conheço o John. Ele é um estilista incrível, brilhante, e ele provavelmente precisa de ajuda e apoio agora. Ser um estilista é muito desgastante e às vezes acabamos passando dos limites”, declarou Donna ao blog The Cut.

Quem é de quem no mundo da moda?


Quem é de quem no mundo da moda?

Em tempos de mundo globalizado, moda também é negócio. Para continuarem em voga, marcas e estilistas recorrem aos conglomerados, que atualmente detêm grande parte das grifes mais importantes. Conheça os grandes impérios do mundo fashion.

Moda também é negócio. Para comprovar a afirmação, basta fazer um exercício simples: pense numa grande grife internacional e verá que ela provavelmente pertence a algum grupo. Gucci? É o carro-chefe do PPR (Pinault-Printemps-Redoute). Louis Vuitton? Corresponde ao LV do LVMH (Louis Vuitton Moet Hennessy). Prada? Pertence ao Prada Group. São essas organizações financeiras que comandam grande parte das marcas de luxo atualmente, processo que se intensificou na última década. Poderosos engravatados como Bernard Arnault, um dos homens mais ricos da França e o nome por trás do LVHM, conquistaram as rédeas das grifes mais glamourosas do mundo e capitalizaram os princípios franceses de haute couture e prêt-à-porter em uma palavra inglesa: fashion. Sempre com um objetivo: tornar essas marcas cada vez mais lucrativas e poderosas.
Desde que o dinheiro virou a alma do negócio, são os bilhões desses impérios que bancam as criações desfiladas em Londres, Milão, Nova York, Paris e Tóquio e que garantem a sobrevivência de marcas históricas, tais como Balenciaga e Yves Saint-Laurent. Entre eles, o maior império é o LVMH, que recentemente adquiriu 17% da Hermès, maison que ainda é comandada pela própria família, caso raro entre as grifes tradicionais. Na cola está o PPR, sob o olhar atento de François-Henri Pinault. Outro peso pesado é o grupo italiano Marzotto, que em 2002 resgatou Valentino de uma crise financeira. Um mais “modesto” é o Riechmont, com Chloé e Cartier como carros-chefes.
Responsáveis pela administração e por injetar dinheiro para que as marcas cresçam, os grupos não interferem na parte criativa. Mas é dos executivos o poder de decisão sobre qual designer deve assumir a direção criativa das marcas do seu portfólio. Depois de assumir o controle do Gucci Group – após uma disputa com o LVMH -, o PPR optou por demitir Tom Ford, estilista responsável pelo renascimento da marca italiana nos anos 1990. Segundo consta, a postura centralizadora de Ford não agradava aos acionistas.

O poder dos símbolos

Apesar dos novos tempos, pautados mais pelo business do que pela excelência criativa, ahaute couture sobrevive. Menos como força inovadora ou vitrine para os vestidos sob medida; mais como tática publicitária. É uma forma de atrair atenção e fincar o espírito da marca, parte de um engenhoso sistema elaborado para intensificar o fascínio pelo logo daquela grife. O resultado é lucrativo: seduzidas, as consumidoras procuram versões mais acessíveis: o prêt-à-porter ou os acessórios. Mas é nos cosméticos e perfumes que estão as verdadeiras minas de ouro da moda.
Símbolos de grifes inspiraram estampa carregada de ironia do verão 2008 da Cavalera.
Quanto mais forte o símbolo, maior o fascínio gerado, e, consequentemente, mais dinheiro no caixa da grife – seja em forma de vestidos, bolsas ou batons. O compromisso agora não é angariar novas marcas, mas tornar irresistíveis as que já foram adquiridas. Se der certo, o século 21 vai entrar para a história da moda como o século dos conglomerados. Tempos de gigantes.

Quem é de quem no mundo da moda?

LVMH, um portfólio de marcas glamourosas

Em 1987, a holding francesa LMVH foi formada pelas fusões dos grupos Moët et Chandon e Hennessy e, posteriormente, da Louis Vuitton. Seu portfólio reúne mais de sessenta grifes de prestígio, como Donna Karan, Emilio Pucci, Fendi, Givenchy, Kenzo e Marc Jacobs.
Donna Karan
O estilo Donna Karan faz sucesso no mundo inteiro – e não mais só em Manhattan – desde que a grife nova-iorquina foi comprada por 250 milhões de dólares pela LVMH, em 2000. As coleções charmosas, repletas de preto e vermelho e que misturam lycra e cashmere, são sua marca registrada.
Emilio Pucci
A psicodélica década de 1960 deve muito a Emilio Pucci. Em 1947, o marquês italiano mostra sua visão de mundo em roupas de linhas simples e na implosão de cores. O espírito pucciano continuou exuberante como antes sob a direção artística de Christian Lacroix. Em 2005, o britânico Matthew Williamson assumiu o lugar do estilista francês e manteve o estilo único da Pucci e suas estampas vibrantes, flertando ainda com o folk. Desde 2009, Peter Dundas é responsável pela criação.
À esquerda, Pucci em Florença, em 1953. À direita, Peter Dundas antes do desfile em Milão, 2010.
À esquerda, Pucci em Florença, em 1953. À direita, Peter Dundas antes do desfile em Milão, 2010
Fendi
A história da marca italiana começou em 1925, mas só cinco décadas mais tarde a Fendi provou para o mundo que fazia mais do que casacos de pele e acessórios de couro. Karl Lagerfeld está à frente da criação desde 1965.
Givenchy
Audrey Hepburn se tornou um símbolo de elegância vestindo criações do estilista francêsHubert de Givenchy, aposentado em 1995, seis anos depois que sua maison foi incorporada ao LVMH. Assim, a grife francesa foi modernizada com o melhor da rebeldia e o melhor da alfaiataria: Alexander McQueen. Por cinco anos o estilista britânico liderou a direção artística da maison Givenchy. Em 2001, foi a vez de Julien Macdonald, substituído em 2005 pelo italiano Riccardo Tisci, atual diretor criativo.
À esquerda, o clássico cocktail dress de Hubert de Givenchy, consagrado por Audrey Hepburn. À direita, o look inovador do italiano Riccardo Tisci para Givenchy.
À esquerda, o clássico cocktail dress de Hubert de Givenchy, consagrado por Audrey Hepburn. À direita, o look inovador do italiano Riccardo Tisci para Givenchy.
Kenzo
Kenzo Takada é o mais parisiense dos estilistas japoneses. A alquimia entre o Ocidente e o Oriente rendeu as roupas mais excêntricas e formas inovadoras da década de 1970. Em 1999, Gilles Rosier o substituiu na linha feminina.
À esquerda, anúncio da Louis Vuitton simboliza ar vintage no camarim. À direita, Marc Jacobs.
À esquerda, anúncio da Louis Vuitton simboliza ar vintage no camarim. À direita, Marc Jacobs
Louis Vuitton
Não há monograma mais desejado do que o LV. A contratação de Marc Jacobs como diretor artístico modernizou a marca. Suas peças inspiradas nos anos 1960 são os hits favoritos de quem curte roupa moderna com um certo charme retrô. O estilista americano ganhou o aval da maison e do mundo depois de alavancar as vendas da Louis Vuitton, sem nunca ter medo de brincar com o que ela tem de mais poderoso: seu logo. Além das coleções para LV, Jacobs mantém sua grife própria.

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Pinault-Printemps-Redoute

Cinco letrinhas compõem o nome mais importante da holding francesa Pinault-Printemps-Redoute: Gucci.
Nesta liderança, o Gucci Group (comandado pela PPR) conta com marcas como Alexander McQueen, Balenciaga, Stella McCartney e Yves Saint Laurent. Em outras frentes, o PPR incorpora ainda a Printemps, tradicional loja de departamentos francesa, a marca esportiva Puma e a rede Fnac.
Gucci
Não resta mais ninguém de sobrenome Gucci por trás da marca fundada em 1922 porGuccio Gucci. A casa conquistou seu ápice com os mocassins e montarias nas décadas de 1960 e 1970, quando a Itália estava no auge da moda. Na década de 1990, Tom Ford revitalizou a grife. A parceria entre o italiano Domenico De Sole, nos negócios, e o americano Tom Ford, na criação, fez a Gucci renascer em 1994. Em torno dela se formou o segundo maior império de luxo do mundo, dono de dez marcas.
À direita, oficina da Gucci em Florença, em 1953. À esquerda, Tom Ford em Bervelly Hills, em 2004.
À direita, oficina da Gucci em Florença, em 1953. À esquerda, Tom Ford em Bervelly Hills, em 2004
Alexander McQueen
Alexander McQueen se tornou um grande nome na Givenchy na década de 1990. Mas em dezembro de 2000, o grupo Gucci comprou 51% da grife McQueen. Assim, o estilista se despediu do antigo patrão e iniciou uma nova trilha. Era o que precisava para levar a teatralidade rock’n’roll de suas roupas para os quatro cantos do mundo. É assim que a memória de McQueen, morto em fevereiro de 2010, permanece viva. Sarah Burton, ex-assistente do estilista, é quem responde pela criação da marca desde a morte de McQueen.
Balenciaga
Para todos os nomes da alta-costura, o basco Cristóbal Balenciaga foi o mestre, antecipando as linhas do new look de Dior. Ele costurava só para quem acreditava que pudesse vestir bem seus modelos quase arquitetônicos – Jacqueline Kennedy foi uma das mulheres que recusou como cliente. Em 1968, a maison fecha e da marca só fica o cheiro, literalmente, em perfumes. Até que, em 1986, o grupo francês Jacques Bogart compra o nome – ou melhor, o sobrenome. Dez anos depois, contrata Nicolas Ghesquière como criador, com a missão de colocar a Balenciaga de novo no topo da moda. Objetivo cumprido. Desde 2001 a marca pertence ao grupo Gucci.
À direita, foto de vestido Balenciaga, em 1962. À esquerda, looks de Nicolas Ghesquiére, em 2006.
À direita, foto de vestido Balenciaga, em 1962. À esquerda, looks de Nicolas Ghesquiére, em 2006
Stella McCartney
Em 1997, Stella McCartney levou sua alfaiataria e feminilidade bem-humorada para a Chloé, ocupando a cadeira de diretora de criação, a mesma que Karl Lagerfeld havia se sentado por 20 anos. A parceria com o grupo Gucci foi o passaporte para a filha de Paul McCartney assinar sua própria grife, feita de roupas românticas e modernas.
YSL Rive Gauche
Yves Saint Laurent, discípulo de Dior, aposenta as agulhas da alta-costura em janeiro de 2002, depois de quatro décadas na moda. O homem que presenteou as mulheres com osmoking feminino sai de cena deixando claro que ninguém pode ocupar seu lugar. A maison de alta-costura fecha, mas o prêt-à-porter da YSL Rive Gauche continuou sob a batuta de Tom Ford. Em 2005, o italiano Stefano Pilati foi o nome escolhido para substituir Ford.
À esquerda, a releitura de Yves Saint Laurent para o smoking feminino. À direita, o elegante Stefano Pilati veste o clássico smoking masculino.
À esquerda, a releitura de Yves Saint Laurent para o smoking feminino. À direita, o elegante Stefano Pilati veste o clássico smoking masculino.

Quem é de quem no mundo da moda?

Chanel, de Gabrielle a Karl

Na década de 1920, coube a Gabrielle Chanel o papel de libertar as mulheres das roupas apertadas e opressoras. A vontade de ser independente rendeu modelos simples e confortáveis, adornadas com pérolas falsas. Hoje Chanel pertence à família de Jacques Wertheimer. Há 20 anos, o alemão Karl Lagerfeld segue a filosofia da fundadora. Dá às criações o espírito do momento.
À esquerda, Gabrielle Chanel fotografada por Man Ray. À direita, Karl Lagerfeld.

À esquerda, Gabrielle Chanel fotografada por Man Ray. À direita, Karl Lagerfeld


Prada, por Miuccia

Desde a década de 1920 a Prada costura os melhores sapatos e acessórios de couro. Mas foi preciso que Miuccia Prada, neta do fundador da grife italiana, assumisse a criação para a marca reluzir. Os sapatos são motivo de histeria consumista – até o diabo veste Prada. Os mais modernos e minimalistas traços da moda estão no conglomerado do casal italiano Patrizio Bertelli e Miuccia, o Prada Group, terceiro maior grupo de luxo em faturamento. O conglomerado foi dono de ações da Gucci e as vendeu para o LVMH, que, por sua vez, também já se desfez delas. Atualmente, Miuccia lidera a segunda marca Miu Miu, famosa por suas campanhas publicitárias.
À esquerda, os sonhos de consumo da Prada. À direita, uma publicidade idílica da Miu Miu, segunda marca de Miuccia Prada.
À esquerda, os sonhos de consumo da Prada. À direita, uma publicidade idílica da Miu Miu, segunda marca de Miuccia Prada.

Quem é de quem no mundo da moda?

Marzotto, um antigo líder dos fios

O lanifício italiano se tornou uma indústria gigantesca de fios e tecelagem. Na década de 1980, o grupo Marzotto adquiriu marcas italianas e estrangeiras. Em maio, o presidente Innocenzo Cipolleta foi substituído por Giovanni Gajo no comando do grupo que rege nove marcas, entre elas Hugo Boss e Gianfranco Ferré. Mas o império italiano começa a ruir na década de 2000, com a saída da Valentino.
Gianfranco Ferré
Depois do desenho do arquiteto italiano Gianfranco Ferré, uma camisa nunca mais foi apenas uma camisa. Ele respondeu pelas criações da Dior no fim dos anos 1980. Três marcas suas pertencem ao Marzotto: Studio, Forma e GFF.
Hugo Boss
A marca alemã foi criada pelo alfaiate Hugo Ferdinand Boss em 1923. “Hugo” e “Boss” se tornaram dois nomes fortes na moda, desde coleções underwear a perfumes luxuosos. Desde 2009, o estilista escocês Graeme Black está na direção criativa da linha feminina da Boss Black.
À esquerda, publicidade vintage da Hugo Boss. À direita, bastidores do desfile de Graeme Black em Londres, 2009.
À esquerda, publicidade vintage da Hugo Boss. À direita, bastidores do desfile de Graeme Black em Londres, 2009.
Valentino
Valentino Garavani abre a maison em 1959, quando a Itália está prestes a se tornar palco mundial da moda e do cinema. Impecável na técnica e com estilo marcante, ele se estabelece como um dos favoritos da aristocracia por fazer vestidos luxuosos para festas – a diva Sophia Loren era uma de suas clientes. A marca foi comprada pela família Marzotto em 2001. Mas em 2007, as ações passaram para a liderança do Permira. Em 2008, o estilista italiano anuncia sua aposentadoria após 45 anos de carreira. Desde então, Maria Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli respondem pela direção artística da casa.


À esquerda, pôster do filme 'Valentino: o último imperador. À direita, clássico vestido nas passarelas de Paris, 2008.
À esquerda, pôster do filme 'Valentino: o último imperador. À direita, clássico vestido nas passarelas de Paris, 2008.


Quem é de quem no mundo da moda?

Apesar de não terem o porte dos outros grupos, elas fincaram o nome na história da moda. Todas contam com capital de outras empresas – nenhuma pertence mais só à família ou ao estilista.
Armani
Giorgio Armani foi definitivo para que o look masculino tomasse conta do guarda-roupa feminino. Em 1975, um ano depois de lançar a primeira coleção masculina, seu desfile propõe às mulheres looks baseados no paletó de homem. Armani vira uma marca de luxo com a vitória da simplicidade. Atualmente, a casa mantém as grifes Armani Privé, Armani Collezioni, Armani Jeans, A/X, Emporio Armani, Armani Junior e Mani.
Dior
Christian Dior entrou para a história como o nome de uma das maisons mais importantes de alta-costura. Seu substituto, o inglês John Galliano, traduz com perfeição o espírito de Dior – nostálgico e um tanto descontente com seu tempo, Galliano se inspira em outras épocas e outras culturas para criar peças sensuais e com construções inusitadas.


À esquerda, vestidos de Dior de 1957. À direita, John Galliano no fim do desfile de Paris, 2008.
À esquerda, vestidos de Dior de 1957. À direita, John Galliano no fim do desfile de Paris, 2008.
Dolce & Gabbana
Da Sicília para o mundo. A terra natal de Domenico Dolce, mais do que a cosmopolita e esnobe Milão de Stefano Gabbana, define o estilo da grife mais aclamada da década de 1990. Entender o sul da Itália, com as ideias quase estereotipadas de mafiosos, matriarcas de preto, mar, sol, é entender o drama colorido que fez o sucesso da dupla.


À esquerda, foto de 2000 no fashion álbum de Dolce & Gabbana. À direita, Madonna encarna a mulher italiana para campanha de 2010.
À esquerda, foto de 2000 no fashion álbum de Dolce & Gabbana. À direita, Madonna encarna a mulher italiana para campanha de 2010.
Hermès
Famosa há 80 anos pelas gravatas, lenços e bolsas, a grife de Thierry Hermès vende agora muito mais do que acessórios de luxo: representa um estilo de vida, aliando elegância contemporânea ao estilo clássico. Em 2003, Jean Paul Gaultier assumiu o prêt-à-porterfeminino e fez com que a marca se firmasse como um dos destaques da semana de moda de Paris. Em 2010, o estilista sai de cena após o desfile de primavera/verão, abrindo caminho para Christophe Lemaire, antes na Lacoste.


À esquerda, detalhe no ateliê da Hermès. À direita, o novo estilista Christophe Lemaire deve assumir a Hermès neste outono.
À esquerda, detalhe no ateliê da Hermès. À direita, o novo estilista Christophe Lemaire deve assumir a Hermès neste outono.
Ferragamo
Se os sapatos denunciam a personalidade da mulher, o que dizer de quem usa os pares feitos desde 1935 por Salvatore Ferragamo? As dificuldades econômicas do pós-guerra o levaram a trabalhar com materiais inusitados para a época, como palha. Ferragamo escreveu seu nome ao lado de sapateiros chics da história, como André Perugia e Roger Vivier. A marca é tocada por Wanda Ferragamo, viúva do fundador.


À esquerda, Salvatore Ferragamo na oficina, na década de 1960. À direita, publicidade estrelada pela top Schiffer.
À esquerda, Salvatore Ferragamo na oficina, na década de 1960. À direita, publicidade estrelada pela top Schiffer.
Versace
Os imperadores romanos encontraram sua versão século 20 nas criações do italiano Gianni Versace. Decotes, silhuetas justas e esguias, fendas, cores – tudo grita sensualidade na Versace. O estilista chacoalhou o mundo da moda nos anos 1980. A família Versace continua simbolizada por Donatella, irmã mais nova de Gianni, assassinado em 1997.

Quem é de quem no mundo da moda?

Estilistas, entre a carreira solo e os impérios



Christian Lacroix
Christian Lacroix
Christian Lacroix
No final dos anos 1980, o francês Christian Lacroix ilumina o cenário da moda, marcado pelos estilistas japoneses e suas criações austeras. Seu excesso de tecidos, de cores, de volumes e de drama coloca de novo os holofotes sobre Paris, deixando claro que a capital francesa ainda é, sim, a meca da moda. Enquanto Lacroix existir, existirá a alta-costura tal qual foi costurada por outro Christian: o Dior.
Calvin Klein
O nova-iorquino Calvin Klein abriu seu ateliê em 1968. Conquistou a clientela e a imprensa ainda durante a década de 1970, firmando a identidade minimalista da CK. Em 2003, o estilista vendeu as ações para o conglomerado Phillips-Van Heusen e acabou se afastando da área criativa. Atualmente, o inglês Kevin Carrigan, o italiano Italo Zucchelli e o brasileiro Francisco Costa compõem o dream teamcosmopolita da Calvin Klein, garantindo que sua identidade minimalista e americana continue sucesso no mundo inteiro.


Jean Paul Gaultier
Jean Paul Gaultier
Jean Paul Gaultier
enfant terrible da moda surge no início dos anos 1980 para ironizar, misturar e apaixonar. Desde então, os desfiles do francês Jean Paul Gaultier são um acontecimento disputadíssimo. Na década de 1970, trabalhou com Pierre Cardin. Por muito tempo foi o nome mais importante na Hermès. Atualmente, tem a própria linha de alta-costura e prêt-à-porter.
Karl Lagerfeld
Ele foi o criador mais presente e camaleônico desde que estreou na moda, em 1955. Karl Lagerfeld trabalhou com dois dos grandes nomes da moda, Pierre Balmain e Jean Patou. Passou pela Chloé, Krizia e Valentino. Desde os anos 1960, cria para a Fendi. Na década de 1980 assumiu a Chanel e iniciou a grife Lagerfeld Gallery, que em 2006 foi rebatizada de Karl Lagerfeld.


Ralph Lauren
Ralph Lauren
Ralph Lauren
O vendedor de gravatas da década de 1960 foi o primeiro designer americano a ter uma loja com seu nome. Hoje é o estilista campeão de vendas em todo o mundo. Seu segredo é vender, a preços acessíveis, prêt-à-porter que sugere luxo e tem a cara de ser usado pela elite americana nas horas de lazer. Em 1997, a companhia passou a vender ações na Bolsa de Nova York, mas Ralph Lauren permanece firme na direção da empresa.

Questões de estilo

Assim, estilistas e grifes continuam a escrever a história da moda. Diante dos desafios para se adaptarem às pressões econômicas dos tempos modernos, a moda recorre a parceiros, como os conglomerados e o show business. No entanto, para que continue espalhando desejo e gerando sedução, um elemento é imprescindível: estilo. Antes de tudo, it’s all about fashion.