“Esta foi a primeira vez que tivemos o Norte do Brasil como inspiração para uma coleção”, disseDanielle Jensen à Vogue no backstage da Maria Bonita, nesta segunda-feira (23.01). A afirmação soa, de certa forma, como uma surpresa, considerando que a marca vem explorando a diversidade cultural e a paisagem natural brasileira em suas coleções com o interesse de um viajante em expedição. No inverno 2012, a viagem continua: “a coleção entra na passarela com uma série de castanhos, como se fosse a chegada de um explorador, e termina com os verdes, como se ele carregasse consigo o que encontrou pelo caminho”, explicou a estilista.
Entre os paetês de látex recortado, que remetem aos seringueiros de Rondônia; e os canutilhos de metal, que remontam aos grafismos indígenas; chamou atenção entre as peças a presença de um chapéu e uma bolsa de couro, ambos ilustrados com animais típicos da região Norte do País e com recortes feitos à mão. O trabalho, Danielle conta, tem uma história especial. “Estamos sempre procurando artesãos diferentes e trazendo o trabalho deles, às vezes esquecido, para a moda. O artesão que fez essas peças, na verdade, faz quadros. Descobri ele em uma feira hippie no Rio”, contou. “Ele me disse que vinha assistir ao desfile.” Para quem, ao contrário do artesão em questão, não teve a oportunidade de ver os acessórios no desfile, Vogue mostra a foto abaixo, com detalhe do trabalho