Tricôs ultra trabalhados, cinturas desabadas e novidades no jeanswear marcam o segundo dia (sem chuva!) de desfiles no Piér Mauá. Giovanni Frasson, nosso diretor de moda, revela os highlights.
2nd Floor: “Jovem, arrojado e propondo um ótimo mix de materiais, a grife acertou em cheio ao misturar pelos com transparências e tweed jeans. Também gosto dos conjuntinhos preppy e das cinturas desabadas. Os acessórios vieram corretos, com excessão das meias patas, que deram uma cara de já-vi-isso-antes ao styling. Modelos mais clássicos e finos, tipo Manolo Blahnik, teriam finalizado melhor os looks.”
Coven: “Em seu melhor desfile até hoje, a marca trabalhau o tricô com maestria. Com técnica digna de alta-costura, peças apresentavam diversas larguras de ponto no mesmo tecido. Aplicaçoes de canutilhos contrastavam com a cartela de cores dos fios, fazendo um efeito positivo/negativo em determinados looks. Os jackards em matelassê e os de efeito pixaleado parecendo tapeçaria faziam a ponte perfeita entre o étnico e o elegante. O mais impressionante foi a capacidade de trabalhar de forma tão minimalista e diluída a referência da civilização Maia, sem perder em força ou rebuscamento. Precioso e sem exageros, como pede a estação.”
Melk Z-Da: “Apesar de criativo e ousado, Melk entra em um espaço desconfortável ao investir em alfaiataria e em longos transparentes e pepluns que lembravam muito recentes modelos da Givenchy. Adoraria que ele trouxesse referências nacionais ao seu design e atentasse mais para o acabamento de suas peças. Deslizes a parte, o estilista é certamente um talento a ser seguido.”
TNG: “Num bem sucedido crossover entre campo e a cidade, a TNG inovou em aplicar o trabalho da laise (campestre) no jeans (urbano). Também adoro os spencers, bem anos 80, as calças encurtadas, que dixaram as meias à mostra, e a lavagem dos jeans.”