David Cameron mal assumiu o cargo de Primeiro Ministro e já está na boca do povo: 20 mil pessoas do grupo de ajuda às mulheres está reunido na Inglaterra para discutir os retoques digitais em fotos e como um aviso sobre eles deveria virar lei.
Retoques digitais comuns: consertar cada falha (ou algo visto como uma falha) física do fotografado ©Reprodução
Numa pesquisa conduzida pelo grupo com cerca de 1.000 garotas, 50% daquelas entre 16 e 21 anos disse considerar intervenções cirúrgicas para mudar a aparência e 42% daquelas entre 11 e 16 anos admitiram que ficam de olho no que comem.
“Sabemos quão profundamente as garotas sentem a pressão de se conformar com uma imagem corporal específica e como elas podem ser afetadas por esses ideais inatingíveis”, disse Liz Burnley, uma representante do Girlguiding, à “BBC UK”.
Uma petição assinada por boa parte das presentes no encontro deve ser encaminhada a Cameron, mas ele não seria o primeiro membro do governo a se pronunciar sobre o assunto. Quando um anúncio de cosméticos com a modelo Twiggy sem rugas foi veiculado, o Parlamento britânico discutiu a proibição de retoques em imagens voltadas para menores de 16 anos.
Recentemente, Lynne Featherstone, a Ministra de Igualdade que quer que Christina Hendricks se torne padrão de beleza, aconselhou o fim dos retoques ou no mínimo uma indicação nas páginas que forem retocadas, mas sem “impor regras ou restrições em anunciantes ou outros”.
Vale lembrar que essa história de legalmente forçar a mídia a divulgar retoques começou na França, em setembro de 2009, mas (ainda) não foi aprovada. Alguém deveria chamar David Bailey para opinar.