“Nós [transexuais] nascemos e crescemos sozinhos”, disse Lea na entrevista. “Depois da operação [de troca de sexo] renascemos, mas novamente ficamos sozinhos. E morremos sozinhos. É o preço que pagamos”.
Boa parte de seu sucesso hoje é devido ao amigo de longa data Riccardo Tisci. Bem antes de se tornar um renomado estilista e diretor de uma das maisons mais conhecidas da frança [Givenchy], foi ele um dos primeiros a reconhecer a personalidade feminina de Lea quando se conheceram na Itália, onde o ainda Leonardo Cerezzo estudava. “Uma noite ele me convenceu a ir a uma festa de salto alto”, contou.
O “Guardian” sintetiza o dilema da brasileira Lea com uma das frases mais impactantes que ela soltou numa entrevista para a “Vanity Fair”: “É uma escolha entre ser infeliz para sempre, ou tentar ser feliz”.