A mudança no calendário de desfiles nacionais levantou um questionamento
entre marcas e estilistas, que passaram a se perguntar qual é a real
função das semanas de moda. Mario Queiroz
é um desses designers e, assim como Cori e Huis Clos, optou por não
participar da edição de verão 2013 do SPFW. Em entrevista na Bienal, no
Parque do Ibirapuera, o estilista afirmou que passa por um momento de
reflexão. Afinal, para onde caminha a moda brasileira?
“A organização do evento segue um movimento de globalização, querendo parear nossas coleções com as internacionais, porém, há uma questão aí, somos um continente diferente com estações alternadas”, afirmou Mario. O designer defende que não há muito sentido em desfilar as temporadas com tanta antecedência, já que “pessoas e compradores esquecerão as peças até o momento de usá-las” (para lembrar, a edição de inverno 2013, que seria desfilada em janeiro, foi antecipada para outubro de 2012).
Durante a conversa, Mario também colocou em questão a moda autoral, aquela que tem características menos comerciais e, portanto, uma menor necessidade de se enquadrar no crescente movimento de exportação. “Muito se fala sobre negócios. Fico receoso de que a moda brasileira perca a essência do design.”
Mario Queiroz contou também que, além dos motivos ideológicos, uma questão prática fez com que ele desistisse dessa edição do SPFW. “Eu queria lançar minha coleção de verão junto com a linha de joias que estou desenvolvendo, mas as peças não ficariam prontas a tempo”, contou.
Mesmo com algumas críticas, o estilista deixou claro que não pretende abandonar o SPFW, evento pelo qual garante ter muito respeito, mas não sabe ao certo quando (e se) ocorrerá seu retorno à semana de moda.
“A organização do evento segue um movimento de globalização, querendo parear nossas coleções com as internacionais, porém, há uma questão aí, somos um continente diferente com estações alternadas”, afirmou Mario. O designer defende que não há muito sentido em desfilar as temporadas com tanta antecedência, já que “pessoas e compradores esquecerão as peças até o momento de usá-las” (para lembrar, a edição de inverno 2013, que seria desfilada em janeiro, foi antecipada para outubro de 2012).
Durante a conversa, Mario também colocou em questão a moda autoral, aquela que tem características menos comerciais e, portanto, uma menor necessidade de se enquadrar no crescente movimento de exportação. “Muito se fala sobre negócios. Fico receoso de que a moda brasileira perca a essência do design.”
Mario Queiroz contou também que, além dos motivos ideológicos, uma questão prática fez com que ele desistisse dessa edição do SPFW. “Eu queria lançar minha coleção de verão junto com a linha de joias que estou desenvolvendo, mas as peças não ficariam prontas a tempo”, contou.
Mesmo com algumas críticas, o estilista deixou claro que não pretende abandonar o SPFW, evento pelo qual garante ter muito respeito, mas não sabe ao certo quando (e se) ocorrerá seu retorno à semana de moda.