Em 2011, Christiane Torloni não foi só responsável por interpretar um dos personagens mais comentados da TV brasileira, mas também virou um fenômeno da internet com o bordão “hoje é dia de rock, bebê”. Atriz com uma das mais sólidas carreiras e personagens marcantes no currículo, engajada politicamente (participou ativamente da campanha das Diretas Já) e defensora das florestas, Christiane está na Vogue de janeiro, em que conta mais sobre sua trajetória , família, casamentos (foram quatro no total) e dramas (como a perda do filho Guilherme, aos 12 anos, em 1991). Os depoimentos são um gosto do que estará na autobiografia da atriz, organizada pela escritora Denise Mattar, que deve ser lançada em 2012.
Na entrevista, concedida a Bruno Astuto, colunista da Vogue, Cristiane falou sobre o fenômeno do seu vídeo no Rock in Rio. “Quando era adolescente, assisti 17 vezes a Hoje é Dia de Rock (peça de José Vicente que ficou dois anos em cartaz no Rio, de 1971 a 1973). Achei divertida a repercussão desse vídeo; adoro a roqueira que existe dentro de mim, ela faz parte da minha natureza.” Christiane conta também que tem dificuldade em separar seus personagens. “Eu me caso com minhas personagens. Elas dormem comigo, tomam banho comigo, fazem amor comigo. Acho que meus maridos se beneficiaram muito disso, porque eles se casam com um pacote.”
Aos 54 anos, atribui sua boa forma à medicina chinesa, que lhe ensinou o benefício de fitoterápicos (ela leva sua garrafinha de água com ervas para todo canto) e revela já ter feito algumas intervenções. “Graças a Deus, só caí em mãos de médicos responsáveis, que condenam esse delírio da simetria. Se fosse assim, o Davi de Michelangelo teria sido uma porcaria de obra de arte; a beleza dele está na assimetria. Tenho um prazer incomensurável de me reconhecer nas fotografias, de saber que aquela é a minha boca, aquele é o meu nariz, aqueles são os meus olhos. E chega uma hora em que você tem de reconhecer que nada mais pode ser feito.”
Abaixo, confira um vídeo do making of da sessão de fotos, clicada por Vicente de Paulo. O texto na íntegra está na edição de janeiro da Vogue.
