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domingo, 2 de outubro de 2011

Zoomp compra quatro grifes e vira gigante da moda



Grupo vai gerir marcas, como as recém-compradas Fause Haten, Herchcovitch, Clube Chocolate e Cúmplice

A Zoomp, que desde 2006 é controlada pelo grupo HLDC, anunciou ontem a criação de um grupo de gestão de marcas de moda chamado Identidade Moda (I’M), além da compra de quatro grifes: Clube Chocolate, Fause Haten, Cúmplice e Herchcovitch;Alexandre.
“Estamos fazendo no Brasil um movimento que já ocorre nos Estados Unidos e na Europa há cerca de 15 anos”, afirmou o presidente da Zoomp, Vicente Mello. Além da Zoomp e das quatro novas marcas, o grupo já contava com a marca Zapping, de estilo street wear. “As marcas continuarão independentes, cada uma com seu diretor de criação, mas crescerão muito economicamente, por melhorias de gestão.”
Fontes de mercado comentam que o grupo estaria negociando com o grupo Valdac a aquisição das marcas Crawford e Siberian por cerca de R$ 300 milhões, mas Mello não comenta o assunto. “Não posso comentar. Existem muitos boatos no mercado sobre quem fala com quem.” Segundo fontes de mercado, também estaria nos planos do grupo a grife Farm, do Rio de Janeiro.
Após passarem mais de um ano sanando os problemas financeiros da Zoomp – entre eles, uma dívida de cerca de R$ 30 milhões – a dupla Enzo Monzani e Conrado Will, donos do HLDC, iniciaram a diversificação de seu grupo de gestão de marcas. A idéia do I’M é controlar marcas que formem um guarda-roupa completo. Além das grifes, o grupo HLDC tem outro negócio no Brasil: são os controladores da BenQ Mobile, de telefones celulares.
Das grifes adquiridas, a Fause Haten (do estilista de mesmo nome) representa a moda festa; Clube Chocolate é de roupas de luxo; Cúmplice é uma moda mais casual, dentro do conceito de fast fashion; e Herchcovitch; Alexandre traz peças de vanguarda, reconhecidas pelo design. É também a marca mais internacionalizada do Grupo I’M, com uma loja em Tóquio, e já há planos de abrir uma loja em Nova York e outra no Brasil. Desde o ano passado, o estilista Alexandre Herchcovitch exerce as funções de diretor-criativo e de curador de marcas do grupo – sua opinião pesou para a formação do novo leque de marcas da empresa.
Para todas as seis grifes, existe plano de expansão com novas lojas. “Estamos estudando os locais e shoppings centers cujo perfil mais se enquadra com cada grife”, explica Mello.
UNIFICAÇÃO
Na segunda quinzena de janeiro, será inaugurado o showroom da I’M, na esquina da rua Bela Cintra com a rua Estados Unidos, na região dos Jardins, em São Paulo. “Cada uma das seis grifes terá seu espaço e atendimento diferenciado”, diz o presidente da Zoomp.
A Zoomp, que foi a primeira marca dentro do projeto I’M, deve abrir mais oito lojas este ano. A expectativa é que a Zoomp tenha fechado 2007 com um faturamento de R$ 150 milhões, 30% acima do obtido em 2007.
“Muitas marcas nacionais ainda estão sob o comando de seus fundadores, e podem crescer muito com a criação dos grupos de gestão”, diz ele.
De dois anos para cá, esse tem sido o principal movimento do mercado de moda brasileiro. A grife Rosa Chá foi comprada pela catarinense Marisol. O grupo BR Labels controla as nacionais VR Menswear e a Mandi, além da americana Calvin Klein no Brasil. A AMC Têxtil controla a Colcci, a Carmelitas e a Coca-Cola Clothing Line.
Donos da Zoomp tentam comprar mais seis grifes
Grupo I’M – que acaba de comprar as marcas Fause Haten e Herchcovitch – pretende abrir capital na Bolsa
O objetivo do grupo de gestão de marcas I’M – cuja criação foi anunciada ontem pelos investidores do grupo HLDC e pela Zoomp após a aquisição de quatro outras grifes – é chegar a um faturamento na casa dos R$ 900 milhões para então realizar uma abertura de capital.
“Devemos fazer isso quando chegarmos a 12 ou 13 marcas”, explica o presidente da Zoomp e do I’M, Vicente Mello. “Mais do que isso torna a administração muito complexa.” Atualmente, o grupo engloba seis marcas: Zoomp, Zapping, Herchcovitch;Alexandre, Fause Haten, Clube Chocolate e Cúmplice – as quatro últimas adquiridas ontem, após oito meses de negociação. O faturamento do grupo está estimado em R$ 300 milhões, dos quais metade vem da Zoomp.
Segundo Mello, a idéia do I’M é gerir um grupo de marcas que componham um guarda-roupas completo. Além das marcas já adquiridas, ele cita que há alguns estilos que o grupo estuda para possíveis aquisições. “Procuramos uma grife mais esportiva, uma casual, mais marcas autorais e uma grife de acessórios, com bolsas e sapatos.” Ele não confirma negociações com nenhuma grife, apesar de haver rumores de que os próximos alvos sejam a Crawford e a Siberian, do grupo Valdac.
A aquisição de grifes está em ritmo acelerado no País. O fundo de private equity Pactual Capital Partners, que em dezembro comprou a grife Ellus e criou o grupo In Brands , fechou negócios também com a estilista Isabela Capeto. Conforme apurou o Estado, o contrato será assinado na próxima semana e já haverá novidades na grife para o período do São Paulo Fashion Week, que acontece daqui duas semanas. A estilista deve lançar sua nova coleção no dia 15. Mesmo com a aquisição, Isabela continuará à frente da área de criação da marca.
ONDA DE AQUISIÇÕES
“No início, víamos empresas do setor comprando outras, como foi o caso da Marisol adquirindo a Rosa Chá”, comenta o diretor da BrandAnalytics, Eduardo Tomiya. “Agora, os fundos de investimentos e de private equity entraram nessa jogada com muito dinheiro para investir, e devemos presenciar uma onda agressiva de aquisições.”
Em setembro do ano passado, a Artesia Gestão de Recursos adquiriu o controle da grife de roupas Le Lis Blanc. Em novembro, o fundo Tarpon All Equities comprou 25% da marca de calçados Arezzo.
“O negócio é favorável para os dois lados”, diz Tomiya. “O fundo obtém lucro, pois lida com um setor em crescimento, e o estilista obtém capital que sozinho não conseguiria, além de se livrar do ‘peso’ de gerir e ter mais liberdade para criar.”
O estilista Fause Haten concorda. “Já fui procurado por grupos que me ofereceram investimento financeiro, e não me interessei. O que me levou a negociar com a I’M foi o fato de que o grupo me ofereceu gestão e know how”, diz ele, que acredita ter agora mais condições de crescer no Brasil e no exterior. “Eles trazem profissionais das áreas financeira, produto, varejo, atacado e eu continuo na direção criativa, que é o que faço hoje e é o que sei fazer.”
PROJETOS
Os primeiros projetos da I’M são a expansão das marcas por meio da abertura de lojas. Para este ano, devem ser abertas duas novas lojas de Fause Haten, oito lojas da Zoomp, uma da Clube Chocolate e duas ou três de Alexandre Herchcovitch. Essa última será a marca na qual o I’M investirá mais pesado no processo de internacionalização. “Não há razões para que em algum tempo o Herchcovitch não concorra diretamente com Alexander McQueen”, diz Mello, do I’M.
Deve ser aberta uma loja da grife em Nova York, semelhante à que já existe em Tóquio. Em seguida, a internacionalização focará a marca Fause Haten.
Segundo Mello, o I’M investirá R$ 20 milhões em marketing em 2008, dos quais pelo menos R$ 2 milhões serão usados na contratação de modelos do alto escalão para desfiles e campanhas do grupo. A top Alessandra Ambrósio continuará representando a Zoomp, e além dela, a previsão é que outras 6 super modelos se juntem ao time.
NÚMEROS
R$ 300 milhões
é o faturamento atual do grupo I’M com seis marcas que o compõem
R$ 900 milhões
é a cifra que o grupo pretende atingir para realizar sua abertura de capital
12 ou 13 grifes
devem compor o portfólio do I’M após a aquisição de novas marcas. O grupo busca grifes esportivas, casuais, autorais e acessórios...