Foi emocionante o desfile da Louis Vuitton! O desfile começou às 9h59 (a gente chegou às 9h55 e quase perdeu!) sob chuvas de palmas quando a cortina que escondia um carrossel foi erguida. Foi uma ode ao romance, às técnicas e à craftsmanship dos ateliês franceses, à alegria da moda parisiense. Um show de despedida impecável. Raquel e Kate Moss, que fechou o desfile com uma cara de mau humor, atraíram todos os olhares nas passarelas. Fora dela, Natalia Vodianova posava de primeira dama do grupo, ao lado de Antoine Arnault!
Tinha muito laise de renda inglesa, muitas transparências com renda, organza, tule, jeans com renda, uma jaqueta de croco branco (que a Donata quer já!). Com Valentino e Giambattista Valli, a LV forma o trio romântico da temporada, que retomou toda a alegria de ser francesa. No fim, Marc entrou emocionado, todo de branco, ovacionado de pé. Encontrei Jonathan Newhouse, CEO da Condé Nast International, que falou: “Marc Jacobs fez um desfile que foi uma prova para o Arnault de que ele pode fazer tudo, que ele é the man, o melhor pra Dior e pra Vuitton também. Só espero que esse suplício acabe logo”. Foi o único desfile que pude ver no dia, já que tinha viagem de volta marcadíssima.
Seguimos andando e eis que Giovanni Frasson aborda a modelo Karlie Kloss na Rue d’Alger, ao lado do nosso hotel. Ela estava numa vélib e ia dar um pulo na farmácia antes de correr pro desfile do Elie Saab. E disse que depois vai tirar férias e que adoraria passar as férias no Brasil… Já armamos tuuudoo!
Paradinha no bar do Meurice, com Pat Romano, Antenor Neto, Priscila, Gio e… Natalia Vodianova! Do parou pra conversar com ela: e também já armamos uma super-história com a top!
Incrível o showroom da Givenchy, para onde seguimos dali. Um sport couture finíssimo que dialoga muito com a Stella McCartney e até com a Isabel Marant. Camisa telada, como a dos jogadores, vai bombar. O verão vai ser de tons muito claros, pouca cor, brancos, verde água, rosa salmão. Tudo inspirado no fundo do mar, como Chanel. Megazeitgeist! Dentes de tubarão, pele de leão marinho, de salmão e galouchat.
Daí atravessamos a rua e fomos dar uma olhada na loja da Givenchy, que está com a coleção de inverno: os casacos tipo college com estampa de flor ou pantera que a Do está louca pra comprar, mas eu que acabei comprando uma blusa branca estilo kabuki… Ótima para o verão do Brasil. Em homenagem à Adriana Bechara!
No showroom da Céline descobrimos as novas bolsas hit para o verão: uma carteira tricolor e uma bolsa de couro molinho, como aquela sacola hit das últimas estações, só que mais arredondada e de carregar no ombro. E uma novidade: a marca fez parceria com a Vans. Olha que lindos os tênis.
A visita ao showroom da Céline é uma aula de alfaiataria e de boas sacadas de acessórios. Além da bolsa hobo de couro mole em verde escuro, bordô e marrom, as carteiras com couro e camurça em três cores são provas de sua expertise no mix de materiais e cores. Tem também uma bolsa batizada de Acordeon, com correntes tipo a 2.55 da Chanel, e uma que lembra a Constance da Hermès (que será lançada em limited edition) que deve vender bem. A melhor notícia é que a bolsa com três carteirinhas e alça, que virou mania (a Fe de Goeye comprou o último exemplar) vai continuar no verão em tons mais claros. Ou então façam fila quando a NK vender os últimos exemplares do inverno.
Nas roupas, embora muito invernais, o melhor são as camisas com plissados atrás, quero muitas! Quase todas as peças usam uma técnica chamada bandide (em francês), coenizado em português, com dois tecidos batidos juntos, prensados, unidos sem costura. Isso permite um mix de texturas chique e sutil. Tem muitos plissados na coleção, um coração lindo num suéter, muito smoking desconstruído, organza transparente em cima do tecido (supertendência!), falsa barra italiana, sainhas para usar por cima da calça, muito masculino; couro com borracha por cima (que não parece couro e sim vinil, uma brincadeirinha divertida típica da Phoebe Philo, segundo a Valérie, a diretora de comunicação que fez a visita guiada com a gente).
Por volta das 16h fui para o aeroporto, atrasada pra variar, culpa da vontade de tomar um último drinque com os melhores companheiros possíveis: Giovanni Frasson e Donata Meirelles. Na verdade, foi nosso almoço de despedida, um sanduichinho, morrendo de pressa. Foi cansativo, mas MUITO bom e proveitoso. Recorde de desfiles assistidos, recorde de showrooms visitados, recordes de bons contatos feitos. E ainda deu pra matar saudades do time Vogue em Paris (beijo Alline, Paulo, Ana Clara, PH Almeida, Bebel, so nice to meet you). E de fazer umas comprinhas, claro, afinal we are Vogue. E de se divertir bastante, no drink oferecido pelo Bristol, no after no Kaviar Caspia com Alex Allard, Kurkova, Jonathan Rys, no jantar da Degreas no Le Mathis, no jantar em que Pat e Priscila da Vuitton nos levaram pra conhecer o melhor bistrô de Paris.
A única festa que lamentei não ter ido foi a da Cristiana Arcangeli, no L’Arc, para o lançamento, em Paris, da sua Beauty’in. Sabe quem estava lá? O Clive Owen, que se divertiu na mesa dos brasileiros. E hoje, claro, sinto não poder estar com Gio, Do, Erika dos Mares Guia e Ale Farah no Villa, onde eles vão badalar. Vai ser uma estação impossível de esquecer!
Último alô de Madri, na escala do meu voo. Aproveitei para comprar na mesma loja da Persol o meu segundo óculos da marca. Perdi o primeiro no desfile da Dior! Investi em um modelo dobrável desta vez. Aproveito pra lembrar que a gente vai publicar no site no final de semana as dicas de compras da turma que veio para a temporada. Só um preview: no lugar da ponta de estoque da Chloé, fez sucesso, desta vez, a do Alaïa, atrás da loja dele.