Por essa Tom Ford não esperava. O estilista, que desde a sua volta à moda feminina tem mantido as apresentações secretas, proibindo fotógrafos e fazendo com que os convidados assinem contratos em que se comprometem não divulgar nada sobre a coleção, foi vítima de crítica pesada de Virginie Mouzat, do Le Figaro.
A jornalista escreveu que “Tom Ford transformou suas clientes em experts em vulgaridade”, criticou os cortes (“confusos e complicados”) e a beleza (“as modelos estavam emplastradas de base). “Assim que as primeiras peças apareceram ficamos chocados com o aspecto datado da coleção que lembrava os seus desfiles para a Gucci há mais de dez anos”, completou. “O desfile rapidamente se tornou um pesadelo.”
Após denunciar que os relógios pareciam o Cartier Tank, que os sapatos eram cópias dos de Azzedine Alaïa e que as track pants de couro e sandálias lembravam o resort da Céline, Virginie continuou a distribuição de negativismos para o próprio estilista. “Depois do que parecia a lista de compras de Kim Kardashian, Tom Ford apareceu.” Ela conta que ele pediu para os convidados se levantarem, mas “as pessoas continuaram olhando para os pés” e que o estilista tentou falar algo, mas não conseguiu ser ouvido por conta da música alta. “O playboy do Texas, louvado pelos jornalistas nos anos 90, é agora o estilista pelo qual as pessoas não levantam”, finalizou.
