Momento esperado: a maison Dior apresentou a sua coleção na semana de moda de alta-costura do inverno 2012, que começou em Paris nesta segunda-feira (04.07). É a primeira apresentação da marca que não leva a assinatura de John Galliano – coisa inédita em 15 anos. O motivo, como se sabe, foi a prisão do estilista, acusado de antissemitismo, e sua imediata demissão da grife, assim como da marca que leva seu nome, todas pertencentes ao grupo LVMH.
E as roupas? Bem, elas vieram mais frescas, arejadas do estilo tão cunhado por Galliano, já algo caricato. Mas sem perder o quê de Dior, evidentemente – é preciso lembrar que Gaytten trabalha nas duas marcas já há 23 anos.
O que se viu: grafismos, crash de estampas, camadas e mais camadas de tecidos leves e multicoloridos em modelagens ora mais rígidas, ora mais soltas.
Bill Gaytten, já apontado como o sucessor de Galliano na marca John Galliano, foi quem apareceu ao final do show para receber os aplausos da plateia junto com a sua primeira assistente, Susanna Venegas. O grupo, porém, se apressou em dizer que Gaytten não é o diretor criativo da Dior – posto cobiçadíssimo nessa que é praticamente uma instituição francesa. Até agora, o nome mais bem cotado para ocupar o cargo é o de Riccardo Tisci, atualmente na Givenchy.
Mas tudo é incerto. “Sabe quando você pergunta às garotas quando elas vão se casar e elas respondem: ‘quando eu econtrar o homem certo’?”, foi a resposta do executivo da LVMHSidney Toledano à agência de notícias AFP depois do desfile sobre a nomeação do novo diretor criativo. “Vamos tomar todo o tempo necessário para encontrar uma solução de longo prazo”, completou ele. Galliano já começou a ser julgado – ele alegou “vício triplo”. A audiência final deve acontecer em 08.09.
Continue vendo abaixo mais imagens do desfile.
Abaixo, em clima de pierrô, Karlie Kloss fechou o desfile com um longo digno da grife.
Como ja disse, esse desfile foi resultado de busca febril no barril de retalhos velhos do Galliano e pesquisa intensa em Vogues de seis meses atras. Colecao esquizofrenica, preocupada com modismos, onde o "frescor" veio da repeticao de cliches dos 1970s. Entao Galliano era " algo caricato"? Ora, francamente. E por favor, nao e' "crash de estampas", e' clash de estampas. Se bem que nesse caso "crash" cai bem melhor...
