Tão importante quanto as coleções de primavera/verão e outono/inverno apresentadas nas passarelas, são os investimentos em marketing e inovações tecnológicas de uma grife de luxo. O mundo virtual vem se mostrando tão promissor e rentável quando o real. Não à toa, marcas como Burberry e Louis Vuitton investem pesado no digital e nunca antes o mercado de luxo foi tão debatido, com congressos reunindo grandes nomes da indústria realizados até em São Paulo. Para falar sobre os temas, a Abest (Associação Brasileira de Estilistas) convidou Shauna Mei, CEO do e-commerce de luxo Ahalife, que vende artigos sob encomenda ou em edição limitada, para dar a palestra Comércio Eletrônico, o Futuro. O evento será realizado nesta quarta-feira, 2 de junho, no Pier Mauá, durante o Rio-à-Porter.
As grifes de luxo, principalmente do setor de moda, estão investindo muito em marketing e tecnologia. Disso, nasceu a forte aposta no e-commerce. Qual sua opinião sobre isso e quanto estas ações ajudam economicamente as marcas?
Em vez de apenas pensar nas grifes de luxo, temos que nos focar no consumidor final. Se olharmos como ele se comporta hoje, veremos que na classe A, justamente o alvo das marcas de luxo, estão os usuários de smartphones, iPads, etc. Estamos cada vez mais convivendo com a tecnologia. Não alavancar a tecnologia e o e-commerce de uma grife de luxo é prejudicial, porque ela vai deixar de lado o “lugar” onde seus clientes estão passando tempo.
Em vez de apenas pensar nas grifes de luxo, temos que nos focar no consumidor final. Se olharmos como ele se comporta hoje, veremos que na classe A, justamente o alvo das marcas de luxo, estão os usuários de smartphones, iPads, etc. Estamos cada vez mais convivendo com a tecnologia. Não alavancar a tecnologia e o e-commerce de uma grife de luxo é prejudicial, porque ela vai deixar de lado o “lugar” onde seus clientes estão passando tempo.
Como você definiria o luxo nos dias de hoje?
Para mim, luxo é poder ter o melhor em qualquer categoria. Seja comida, moda, design, tecnologia… Ele também está nas experiências. Desde descobrir algo novo, passando pela compra até os benefícios que a aquisição vai te proporcionar. O luxo deve ser único. Por exemplo, não acho que uma bolsa Louis Vuitton é sinônimo de luxo. Quando você tem o luxo, ele deve te provocar a sensação de ser algo especial, despertar o desejo.
Para mim, luxo é poder ter o melhor em qualquer categoria. Seja comida, moda, design, tecnologia… Ele também está nas experiências. Desde descobrir algo novo, passando pela compra até os benefícios que a aquisição vai te proporcionar. O luxo deve ser único. Por exemplo, não acho que uma bolsa Louis Vuitton é sinônimo de luxo. Quando você tem o luxo, ele deve te provocar a sensação de ser algo especial, despertar o desejo.
Que tipo de novas tendências os países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) trazem para o mercado de luxo? Eles podem influenciar mudanças nas vendas das grifes de luxo?
As grifes de luxo se expandiram agressivamente pelos países do BRIC – o que é uma ação admirável. Também percebi que em alguns dos países, como o Brasil, as pessoas são mais engajadas tecnologicamente. Assim espero que as marcas apostem no digital. Outro ponto comportamental pode mudar a visão das grandes companhias de luxo, na China, por exemplo, o mercado masculino é mais importante do que o feminino, o oposto do visto na Europa e nos Estados Unidos. Esta questão já fez muitas grifes mudarem seus focos e criarem mais linhas para os homens.
As grifes de luxo se expandiram agressivamente pelos países do BRIC – o que é uma ação admirável. Também percebi que em alguns dos países, como o Brasil, as pessoas são mais engajadas tecnologicamente. Assim espero que as marcas apostem no digital. Outro ponto comportamental pode mudar a visão das grandes companhias de luxo, na China, por exemplo, o mercado masculino é mais importante do que o feminino, o oposto do visto na Europa e nos Estados Unidos. Esta questão já fez muitas grifes mudarem seus focos e criarem mais linhas para os homens.