Os nomes dos fotógrafos holandeses Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin podem ser difíceis de pronunciar, mas o trabalho dos artistas está longe de ser desconhecido dos fashionistas. O casal é um dos principais nomes da fotografia de moda da atualidade e já clicou campanhas para importantes marcas internacionais, como Balmain, Chlóe, Gucci, Chanel e Dior, entre muitas outras.
Eles, que também são marido e mulher, desembarcaram pela primeira vez no Brasil para a abertura da exposição Pretty Much Everything, uma retrospectiva de 26 anos de trabalho. A mostra, que fica em cartaz durante o SPFW, se estenderá a todo o público e permanecerá aberta para visitação entre os dias 19 de junho e 3 de julho, no Prédio da Bienal, com entrada franca. Em entrevista coletiva concedida nesta terça-feira, 14 de junho, durante a semana de moda paulistana, os holandeses falaram sobre a influência da internet na fotografia, destacaram os trabalhos realizados com a modelo brasileira Raquel Zimmerman e elegeram Lady Gaga como nova musa. Confira os destaques da entrevista, concedida por Inez Van Lamsweerde:
A exposição Pretty Much Everything
“A ideia da exposição começou há aproximadamente oito anos e nasceu como o projeto de um livro. Demorou sete anos para selecionarmos todas as fotografias e a exposição acabou ficando pronta antes mesmo do livro, que vai ser lançado neste ano em dois volumes.”
“A ideia da exposição começou há aproximadamente oito anos e nasceu como o projeto de um livro. Demorou sete anos para selecionarmos todas as fotografias e a exposição acabou ficando pronta antes mesmo do livro, que vai ser lançado neste ano em dois volumes.”
Como a exposição chegou ao Brasil
“O Consulado Geral da Holanda, e até mesmo a Raquel [Zimmerman], nos ajudaram a trazer nosso trabalho ao país. O Consulado contatou nossos representantes e a princípio o plano era expôr 15 ou 30 fotos, mas trouxemos quase 300! Por isso, iremos prolongar a exibição para que as pessoas da cidade também tenham acesso ao nosso trabalho.”
“O Consulado Geral da Holanda, e até mesmo a Raquel [Zimmerman], nos ajudaram a trazer nosso trabalho ao país. O Consulado contatou nossos representantes e a princípio o plano era expôr 15 ou 30 fotos, mas trouxemos quase 300! Por isso, iremos prolongar a exibição para que as pessoas da cidade também tenham acesso ao nosso trabalho.”
Uso do Photoshop
“Com o recurso do Photoshop somos capazes de ir além da superfície, que é o que somos capazes de retratar. Alterando a imagem, podemos mostrar o interior, o psicológico, aquilo que o espectador não consegue ver. Uma fotografia é um retrato de um único momento e a tecnologia permite que a gente possa perverter esse momento mágico, alterá-lo. Também usamos o Photoshop para fazer retoques, alterar imperfeições, dar um toque às roupas… Isso sempre foi feito; antes com a mão, agora com o computador. Muitas vezes nos perguntam sobre o que achamos do excesso de retoques hoje em dia, e acho que, nesse momento, isso não é importante. Um retrato é diferente de uma pessoa real, a imagem é diferente da realidade. As pessoas estão separadas de suas imagens.”
“Com o recurso do Photoshop somos capazes de ir além da superfície, que é o que somos capazes de retratar. Alterando a imagem, podemos mostrar o interior, o psicológico, aquilo que o espectador não consegue ver. Uma fotografia é um retrato de um único momento e a tecnologia permite que a gente possa perverter esse momento mágico, alterá-lo. Também usamos o Photoshop para fazer retoques, alterar imperfeições, dar um toque às roupas… Isso sempre foi feito; antes com a mão, agora com o computador. Muitas vezes nos perguntam sobre o que achamos do excesso de retoques hoje em dia, e acho que, nesse momento, isso não é importante. Um retrato é diferente de uma pessoa real, a imagem é diferente da realidade. As pessoas estão separadas de suas imagens.”
Trabalho em dupla
“Pensamos parecido, às vezes não precisamos nem nos falar. É bom trabalhar em dupla porque podemos dividir o estresse. Talvez eu não tenha o clique que precisamos, mas Vinoodh pode ter.”
“Pensamos parecido, às vezes não precisamos nem nos falar. É bom trabalhar em dupla porque podemos dividir o estresse. Talvez eu não tenha o clique que precisamos, mas Vinoodh pode ter.”
Era digital
“Nosso trabalho existe cada vez mais na internet, e isso é fantástico, torna nossas obras democráticas. Começamos recentemente nas redes sociais e é incrível, a reposta é direta. Há um diálogo com quem é fã do nosso trabalho, sem a necessidade de intermediários. Isso nos torna livres.”
“Nosso trabalho existe cada vez mais na internet, e isso é fantástico, torna nossas obras democráticas. Começamos recentemente nas redes sociais e é incrível, a reposta é direta. Há um diálogo com quem é fã do nosso trabalho, sem a necessidade de intermediários. Isso nos torna livres.”
“A liberdade da era digital também proporcionou grandes melhorias em nosso trabalho. Agora, batemos a foto e já vemos o resultado no computador, sabemos se o que temos é o que estávamos procurando ou se precisamos mudar de ideia. Para o cliente também é ótimo porque já podemos discutir as ideias na hora, não precisamos revelar o filme para, caso necessário, refazer o trabalho.”
Cultura brasileira
“Infelizmente não sabemos muito sobre o país, essa é a nossa primeira vez em São Paulo e no Brasil. Nossos pontos de referência foram as modelos com quem já trabalhamos, como Raquel Zimmerman e Isabel Goulart. Esse é nosso primeiro contato e estamos muito felizes de mostrar nossas imagens aqui e de descobrir o país.”
“Infelizmente não sabemos muito sobre o país, essa é a nossa primeira vez em São Paulo e no Brasil. Nossos pontos de referência foram as modelos com quem já trabalhamos, como Raquel Zimmerman e Isabel Goulart. Esse é nosso primeiro contato e estamos muito felizes de mostrar nossas imagens aqui e de descobrir o país.”
Inspirações
“Pode soar clichê, mas no momento, a pessoa que nos inspira é a Lady Gaga. Deixando de lado a viagem visual da cantora, ela se importa muito em como as pessoas ao redor se sentem. Isso é fantástico. Depois que a fotografamos, queremos que as pessoas se sintam assim também, livres e fortes.”
“Pode soar clichê, mas no momento, a pessoa que nos inspira é a Lady Gaga. Deixando de lado a viagem visual da cantora, ela se importa muito em como as pessoas ao redor se sentem. Isso é fantástico. Depois que a fotografamos, queremos que as pessoas se sintam assim também, livres e fortes.”
Confira algumas das imagens que integram a exposição Pretty Much Everything: