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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Na contramão das marcas internacionais, estilistas brasileiros usam peles


Na contramão das marcas internacionais, estilistas brasileiros usam peles...

Estilistas, consultores de moda e protetores dos animais debatem o uso de peles naturais na indústria da moda. 

Vestido de pele de coelho do inverno 2011 da Iodice.
“Você não pode falsificar o chic, mas você pode ser chic usando pele falsa”. A máxima foi dita por Karl Lagerfeld, que no desfile de inverno 2011 da cultuadíssima Chanel apresentou uma série de casacos, botas, calças e acessórios em peles sintéticas. Mas, enquanto a maison mais cobiçada do globo opta pelo falso, algumas grifes apostam no verdadeiro.
“Vendo para o Brasil inteiro. A mulher no sul tem condições de usar um overcoat de pele de coelho”, explica Waldemar Iodice. “Se existem carneiros com essa pelagem no Brasil é porque o clima, em algumas regiões, pede. E a mulher brasileira também pode precisar dessa proteção”, completa o estilistaJefferson Kulig.No Brasil, a polêmica sobre o uso de peles naturais veio à tona nas últimas edições de inverno do Rio Fashion Business e do São Paulo Fashion Week, quando estilistas comoVictor DzenkCarlos Miele e Waldemar Iodice utilizaram peles de animais. Alguns criticam, outros não abrem mão do material. A pergunta que fica no ar é: em um país tropical como o Brasil, peles naturais são realmente necessárias?
Já Patrícia Vieira cita o mercado externo como principal motivo para o uso das peles. “É tudo voltado para a exportação”, afirma a estilista. Ela explica que a pele que utiliza, de cabra da Mongólia, passa por um cuidadoso processo. “Normalmente eu não uso pele, já me pediram várias vezes para trabalhar com chinchila, mas eu não quis. Desde que comecei a trabalhar com couro, tenho um princípio que só uso couro de animais que servem de alimento. Sou completamente contra todos esses abates sem registro, sem origem”.
A justificava é a mesma de Samuel Cirnansck, que utilizou peles de coelho em seu último desfile no SPFW. “Como ele serve de alimento, fica dentro do conceito de sustentabilidade”, explica Samuel, que também usou peles sintéticas na coleção. Mas por que não fazer como Lagerfeld? “Apesar de hoje existirem sintéticos fantásticos, até com cheiro de couro, eu trabalho com um público AA, que quer um produto nobre”, afirma Patrícia.