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segunda-feira, 28 de março de 2011

DIOR SEM GALLIANO DESFILA EM PARIS E ENTERRA DEFINITIVAMENTE GALLIANO





O que era para ser mais um dos grandes desfiles das semana de Paris se tornou um acontecimento no mínimo diferente. Em clima de velório aconteceu o desfile da Dior criado ainda por Galliando, sem Galliano.
Em meio à forte esquema de segurança e uma forte presença policial, a Maison Christian Dior apresentou sua coleção do inverno 2011 agora a pouco (04/03) em Paris, com a ausência do homem que a concebeu, o designer britânico, John Galliano, que foi demitido de sua função, depois de 15 anos, após uma seqüência de fatos que começaram com um escândalo anti-semita na semana passada também em Paris.
O presidente da Christian Dior Couture, Sidney Toledano, fez um discurso antes do show.
“O que aconteceu na última semana foi uma provação terrível e doloroso para todos nós”, disse ele.
“Tem sido profundamente doloroso ver o nome Dior associados com as declarações atribuídas ao seu vergonhoso designer. No entanto, ele pode ser brilhante.”
“Tais declarações são intoleráveis por causa de nossa obrigação coletiva a não esquecer o Holocausto e as suas vítimas, e por causa do respeito pela dignidade humana que é devida a cada pessoa  e a todos os seus povos”.
Toledano, afirmou o quão profundo foi sentida  à natureza do horrível  escândalo Galliano, revelando que a irmã do fundador da casa, Christian Dior, havia sido enviada para Buchenwald, um dos campos de concentração nazistas.
Ele disse que os valores fixados pelo senhor Dior, desde que abriu sua “maison” em 1947, continuou a ser exercida pelo grupo maravilhoso e diversificado de pessoas nos ateliês e estúdios de Dior, que dedicou todo seu tempo e energia para alcançar o máximo na criatividade  e na feminilidade.
O desfile ocorreu em um ambiente de humor negro com todos em silencio.
A abertura do Desfile foi um choque. Pois parecia que o próprio Galliano entrava na passarela com seus uniformes de personagens.
Mas era a supermodelo americana, Karlie Kloss – entrou com um modelo inspirado nos  ”Três Mosqueteiros” em um piso preto capa de comprimento, chapéu preto, botas e calças curtas de veludo.
De  resto foi um desfile de 62 looks, bem leve e esvoaçantes. Na verdade pelo visto o clima de mau estar era muito maior do qualquer coisa parecida com moda. No final do desfile, varios funcionrios ´da maison apareceram batendo palmas de jaleco branco. Isso marcou o fim de uma era para a Dior, quem sabe uma das mais criativas e divertidas...